Não quero que ouse pronunciar meu nome entre os teus

Não quero que ouse pronunciar meu nome entre os teus
Nem que volte a mirar minha face confusa,
É que materializando-se pelo repetir da tua invocação
Sou daqueles fantasmas que rondam a noite bruna

Se me apiedo da tua humana incompostura
Eternizo o sentir entre os resquícios fingidos de tua estima
Supondo só laconicamente ser azarado o destino
Retorço em seguida minh’alma para que a razão não se reprima

Irrequietos estão estes restos desgentis do verbo
Desfalecida há tempos a soberba carne vencida
Mas mais difícil que ser ameaçado de morte,
Já estando morto, ora, é ser ameaçado de vida.

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