Aqui jaz um coração...

Aqui jaz um coração...
Mumificado no peito silente,
Definhou pelo querer não manifesto
Pelo abraço recusado
Pelos beijos sonegados
Por todo o desejo tão comedido.

Jaz um coração que era tão vívido
Seco pelo tempo despudorado
Em lágrimas salgadas curtido.

Jaz o que era um coração,
Ora um pedaço de carne desvalido
Sem som ou calor, enegrecido
Entre desesperanças e quereres falidos
Sonhos e bons gestos combatidos
Mas muito mais pelo bem querer não correspondido.

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