Tu que zombas do meu afeto

Tu que zombas do meu afeto
Corrompendo os dias mais briosos.
Faz do bem querer um mero dejeto 
Contrai o palpitar em desgosto.
Rasga com fel essa carne insana
E deixando preso nas coxas o remorso,
Tira da face meu sorriso teimoso
Como quem limpa alegria que é só ruge.
Faz escorrer o que resta da pouca beleza
Banhando em sal líquido o lábio carmim.
Então emprenhada das tuas obscuras verdades
Deixe-me só com minhas muitas tristezas
E esse meu destino trevoso que seja.
Ai de mim... ai de mim...

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