Partira... partira meu coração ao meio
Partira... partira meu coração ao meio
E ao sangrar este coração tão vivo
Partiu-se em mil pedaços minh’alma
Adoecendo o espírito com a morte da quimera
Não se enganem os cativos rouxinóis
Seu canto para uma alma tão partida soa só como lamento
E tanto há de lamento ora no mundo
Que não se cabe em mero descontentamento
Na carente fuga que em rima se desponta
Os versos que se saem vivem de paixões tingidas
Enquanto tua ausência tão presente me afronta
Mais do que as verdades dói-me é a ilusão detida
E de choros e soluços, e saudades e desapegos forçados
Alimento a prece velada:
Que doente morra também o amor rejeitado
E que outro em mim não nasça por nada.