Que faço do incerto destino?
Que faço do incerto destino?
me conformo com o descompasso
ou simplesmente desatino?!
Me tomo em amargura
ou me morro para manter a compostura?
Que digo à sorrateira fortuna?
blasfemo teu caráter
ou a cólera revisto em candura?!
Que legitimo à confinidade?
por amor mantenho sanidade?
Acertado que são cruéis esses incertos caminhos
que nos induzem para fins não logrados
no percurso, açoitam-nos com dor a frágil vida
e sob a sombra da morte nos fazem soldados.