Vamos, arranque logo do meu peito este coração doente

Vamos, arranque logo do meu peito este coração doente
Jogue-o no lixo como fizera com meus abraços
Recusando manifestar afeto com um simples e púdico beijo
Refute agora também minha carne na noite brunada
Eviscera-me... retirando essas criaturas que em meu estômago borboleteiam.

E por piedade, se não for verdadeiro
Não ouses invocar meu nome em tua solidão assombrada.
É que como aquelas coitadas almas penadas
Alimento a ilusão de uma recíproca que então inexiste
E me prendo a tola ideia de coisas inacabadas.

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