Desposei-te todos os beijos selados

Desposei-te todos os beijos selados
Embaraçando uma vida dormente.
Repousei no sono dos justos
E por triste sina, acordei no sono incontente.
Então cansada das consumidas agruras
Evocadas pela acidez das tuas palavras,
Recuei crus os benditos gestos
Sufocando em líquido sal sentimentos já manifestos.
Esmoreço agora os bem quistos desejos
Recuperando no espelho um oco reflexo,
Tresontonte de alma, hoje carne pura.
E manhã não importa respirar,
Mostrar nos olhos alguma candura.
Urgente apenas selar de vez este peito
Seguir a frente...
E sonhar alguma morte fecunda.

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