Em passos largos repensei todo o cio da loucura em mim execrada

Em passos largos repensei todo o cio da loucura em mim execrada
Contornando os paralelepípedos
redesenhei os porquês de nossa história
exarando cada fragmento do não querer-te
E farta dos tantos nãos,
voltei-me mais aos por que não e aos sempre sim
Cercada de tanto ansiar
expurguei o choro até então contido
lavando com a face também todo o pudor
publicizando todas as infindas lágrimas
[e se amanhã haverá vergonha nesse sentir,
e certamente haverá,
que apenas agora o malte amargo ignore o futuro]
Choro copiosamente por não poder blasfemar teu nome
ou odiar tua carne
nem rejeitar absolutamente nada daquilo que te faz
é que não sei das vezes que contei as estrelas em teus olhos
ou no meu céu enquanto tentava dormir em teu braço
Mas meu contar parou com o tempo
que não tem mais tempo que não seja contar o tempo de tua falta
Oh... e quanta falta há
quanta falta do não vazio
que por mais resignado fique
não se finda com esse choro tão sentido

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