Em meio as vis criaturas

Em meio às vis criaturas
Marcando a negra lousa
Esperançaste o sensível
Ruborescendo a alma inquieta.
Inturgescendo então o espírito (fizeste crescer os sonhos)
Transformaste tantas cousas... e entre tantas...
Amolaste o fio do lápis e da pena

Encheste de si minha liberdade...
Marcando a negra lousa... (e todos os afins)
E por ela... as minhas tantas folhas brancas.
Rindo com a vida e da metria
Instigaste a rima ainda que desarrimada e...
Tomando mesmo a desalinhada sinfonia
Autenticaste todo verso (quase todo verso)

Em meio às rés criaturas
Marcando com simples cal a negra lousa
Esperançaste a poesia
Resgatando meu poeta.
Içando a inspiração desvalida
Tornou-a simplesmente plena
Amolando com ela para sempre o fio do lápis e da pena.


(e, por isso, sEMpre EntRe as mInhas linhas esTArá)


(in memoriam:
para aquela a quem devo a liberdade dos meus versos e rimas, 
especialmente as desarrimadas...)

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