Estão esparsos os versos

Estão esparsos os versos
Espalharam-se com o desperdício dos beijos e afetuosos gestos 
Derramaram-se como inundam-se as ruas de chuva
Que sem abrigo escoa sua pureza por bueiros mundos.

Contaminando-se com os tristes destroços de quimeras
No ardil reviver da sua própria morte viva se funda 
Envenenada a alma, sem expectativas de cura se apequena 
Suspira e chora baixinho, enquanto piedosa de si ainda reza.

Esparsaram-se os versos
... prodigaram-se nos abraços que hoje solitários se quedam.

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