Despi a alma e o sorriso confortando-me com as migalhas de um amor suposto

Despi a alma e o sorriso confortando-me com as migalhas de um amor suposto
Deixadas pelo caminho deslumbrando a razão de que haveria verdadeiro afeto.
Com teus maldizeres e atuações abnegadas, inclementes, tão frias,
Foram corrompendo-se sofridos os passos dados, amiudando-se a alegria.
Ledo engano acreditar na singularidade do beijo e do abraço requieto
Eram apenas aranhol, entorpecentes para a letalidade da tua compleição.
E por quanto aumentavam as dores e as feridas meio morféticas 
Se fez sangrar tanto o peito, matar gradativamente o riso com desafeição 
Perdeu-se tantas pequenas partículas de mim, ora profanada, que me vejo herética.
Despi a alma e o sorriso e morrem agora com eles todos os sentidos de inanição
Padecem de abstinência de um amor suposto e da tua indolente incompaixão.

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